Vamos refletir!
Filosofia é o estudo de questões gerais e fundamentais sobre a existência, conhecimento, valores, razão, mente, e linguagem; frequentemente colocadas como problemas a se resolver.
O que é um filósofo?
É alguém que pratica a filosofia, em outras palavras, que se serve da razão para tentar pensar o mundo e sua própria vida, a fim de se aproximar da sabedoria ou da felicidade. E isso se aprende na escola? Tem de ser aprendido, já que ninguém nasce filósofo e já que a filosofia é, antes de mais nada, um trabalho. Tanto melhor, se ele começar na escola. O importante é começar, e não parar mais. Nunca é cedo demais nem tarde demais para filosofar, dizia Epicuro [...]. Digamos que só é tarde demais quando já não é possível pensar de modo algum. O texto de Sponville termina com uma constatação: a de que só não filosofam aqueles para quem "já não é possível pensar de modo algum". Nesse ponto, cabe a pergunta: afinal, só pensa e reflete quem filosofa? É claro que não, já que você pensa quando resolve uma equação matemática, reflete criticamente ao estudar história geral, pensa antes de decidir sobre o que fazer no fim de semana, pensa quando escreve um poema. Então, que tipo de "pensar" é esse, do filósofo? Não é melhor nem superior a todos os outros, mas sim diferente, porque se propõe a "pensar nossos pensamentos e ações". Dessa atitude resulta o que chamamos experiência filosófica. Ao criar ou explicitar conceitos, os filósofos delimitam os problemas que os intrigam e buscam o sentido desses pensamentos e ações, para não aceitarem certezas e soluções fáceis demais.
Vivemos num mundo que valoriza as aplicações imediatas do conhecimento. Diante disso, não é raro que alguém indague: "Para que estudar filosofia se não vou precisar dela na minha vida profissional?" De acordo com essa linha de pensamento, a filosofia seria realmente "inútil", já que não serve para nenhuma alteração imediata de ordem prática. No entanto, a filosofia é necessária. Por meio daquele "olhar diferente", ela busca outra dimensão da realidade além das necessidades imediatas nas quais o indivíduo encontra-se mergulhado: ao tornar-se capaz de superar a situação dada e repensar o pensamento e as ações que ele desencadeia, o indivíduo abre-se para a mudança. Ao filósofo incomoda o imobilismo das coisas feitas e muitas vezes ultrapassadas. Por isso mesmo, a filosofia pode ser "perigosa", por exemplo, quando desestabiliza o, status quo ao se confrontar com o poder.
O filósofo alemão Edmund Husserl! diz que ele sabe o que é filosofia, ao mesmo tempo que não sabe. Isto é, a explicitação do que é a filosofia já é uma questão filosófica. E adverte que apenas os pensadores pouco exigentes se contentam com definições cabais. Além disso, a filosofia não está à margem do mundo, nem constitui uma doutrina, um saber acabado ou um conjunto de conhecimentos estabelecidos de uma vez por todas. Ao contrário, a filosofia pressupõe constante disponibilidade para a indagação. Por isso, Platão e Aristóteles disseram que a primeira virtude do filósofo é admirar-se, ser capaz de se surpreender com o óbvio e questionar as verdades dadas. Essa é a condição para problematizar, o que caracteriza a filosofia não como posse da verdade e sim como sua busca. A Filosofia é a área do conhecimento que visa a reflexão crítica sobre as principais questões da humanidade. O campo de investigação filosófica que abarca as questões sobre o conhecer chama-se teoria do conhecimento. Tradicionalmente costuma-se definir conhecimento como o modo pelo qual o sujeito se apropria intelectualmente do objeto.
A palavra filosofia (philos-sophia) significa "amor à sabedoria" ou "amizade pelo saber”. Pitágoras (séc. VI a.C.), filósofo e matemático grego, teria sido o primeiro a usar o termo filósofo, por não se considerar um "sábio" (sophos), mas apenas alguém que ama e procura a sabedoria.
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